A droga impotência masculina Viagra também pode prevenir a transmissão da malária, um estudo in-vitro demonstra.
A droga endurece glóbulos vermelhos infectados com malária. Isso deve fazer com que eles sejam removidos do sangue pelo baço como parte de seu papel na destruição de glóbulos vermelhos velhos e impedindo-os de serem ocupados por mosquitos quando eles mordem. Enquanto isso não iria tratar a malária em pessoas já infectadas, poderia reduzir a disseminação da doença, dizem os autores de um artigo publicado no mês passado na revista PLoS Pathogens.

Gordon Langsley, um pesquisador do Instituto Cochin, na França e membro da equipe que realizou o estudo, diz SciDev.Net que a obra demonstra como as drogas como o Viagra poderia ser novas maneiras de bloquear a transmissão da malária.

Os cientistas Viagra utilizado para alvejar a primeira parte do ciclo de vida do parasita da malária Plasmodium, que ocorre em seres humanos. Se uma pessoa infectada é mordido por um mosquito, o parasita dentro do mosquito incuba e é repassado para as pessoas que ele morde.

Mas quando expostos a Viagra, as células infectadas tornou-se rígida, o que significa que não seria capaz de passar através de um filtro de sangue do baço e assim seria removido da corrente sanguínea, os investigadores dizem, potencialmente prevenir a propagação da infecção.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, foram realizadas cerca de 198 milhões de casos de malária em 2013, quando cerca de 584 mil pessoas morreram por causa da infecção. Os métodos mais comuns para controlar a propagação da doença incluem o uso de mosquiteiros, inseticidas e reduzindo criadouros de mosquitos próximos seres humanos. Mas, não existem medicamentos amplamente disponíveis para prevenir as transmissões uma vez que a infecção é em um hospedeiro humano.

No entanto, há também permanece a questão de abordar os sintomas da malária, diz Sócrates Herrera-Valencia, diretor do Centro de Pesquisa Científica Caucaseco na Colômbia. "Esta descoberta abre um caminho para cortar infecção entre humanos, mas não para tratar os sintomas de um paciente infectado", diz ele.

Outros cientistas dizem que o estudo pode um dia ajudar a conter a malária, mas muitos obstáculos permanecem antes de qualquer fármaco resultante poderia ser prescritos.

"Não é uma fraqueza do estudo, mas temos de chamar a atenção para o fato de que é um trabalho in vitro, em laboratório", diz Diego Golombek, um biólogo da Universidade Nacional de Quilmes, na Argentina. "Não sabemos se o mecanismo pode ser mantido num modelo in vivo."